sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

ALTINO JOSÉ DA SILVA NETO

ALTINO JOSÉ DA SILVA NETO
MEDONHO

*dd/mm/1926†12/02/2010

Altino José da Silva Neto, vulgo Medonho, natural de Aracatu, nasceu na Fazenda Lagoa da Onça, em 1926, hoje, Maetinga. Na época a Lagoa da Onça pertencia a Condeúba, conforme declaração de seu irmão Jovino José da Silva, porém não soube informar o dia e o mês do nascimento. Era filho de José Altino da Silva e de Anna Maria de Jesus (analfabetos). Foi batizado pelo Padre Valdemar Moreira da Cunha, pároco de Condeúba, sendo seus padrinhos os avós paternos Altino José da Silva e Avelina (NOME COMPLETO?).
Filhos de José Altino da Silva e Anna Maria de Jesus: Altino (Medonho), Jesuína, Dalírio, Jovino, Israel, Rosalvo (Maduro) e Salviano (Tico).
 Faleceu em Brumado no dia 12 de fevereiro de 20l0, com 84 anos de idade, na Associação Luíza de Marillac, Casa do Ancião, onde estava internado desde 03 de fevereiro de 2002 pela cunhada Janildes Gomes da Silva. O óbito foi atestado pelo médico Dr. Germano Spínola Costa e o declarante para o registro em cartório foi o senhor Valfrido Figueiredo Carvalho. O corpo foi sepultado em Aracatu.
Originário de família rurícola pobre e analfabetos, Medonho nasceu com problemas graves de saúde mental, os pais achavam que não vingaria, contudo sobreviveu às adversidades. Aos oito anos de idade apresentou problemas de comportamentos, deixava a casa dos pais, sem nenhuma explicação, e saia para a casa dos avós maternos Manoel José e Juliana NOME COMPLETO, residentes na mesma região, onde passava dias – essa atitude era muito arriscada para uma criança de oito anos, situação que preocupava os pais.
Da Lagoa da Onça os pais de Medonho mudaram-se para a Fazenda Boa Vista, região de Montes Claros, município de Jânio Quadros; de Boa Vista para a Fazenda Belmonte, no mesmo município, e daí para a Fazenda Patos, região do Serro, município de Aracatu, ainda pertencente a Brumado. Mudaram-se para diversas outras propriedades: Fazenda Lagoa D’água, Fazenda Morro e finalmente para a sede do município de Aracatu onde faleceram e estão sepultados.
Depois de residirem em Aracatu, medonho, uma pessoa de baixa estatura, com problemas mentais, saiu desnorteado mundo afora, ia a todos os lugares e Estados, pedindo esmolas, vivia ao léu, ao deus-dará. Na sua loucura tinha como característica bater com a cabeça nas paredes, carrocerias de caminhão e solicitava um trocado pelo seu ato ou quando nervoso dava cascudo em si próprio. Costumava andar acompanhado de um cão que lhe servia de companhia.
Sempre retornava para Aracatu, tudo indica para ver os parentes e nessas vindas fazia-se acompanhar de uma mulher, sempre com uma companheira diferente; as mais conhecidas eram: Edite, Carmelita e o amor de sua vida de nome Maria que tinha a alcunha de ‘Maria de Medonho’. Era um mulherengo audacioso. Mentalmente desequilibrado se masturbava portando uma revista de mulheres nuas. Era um concupiscente sexual, compostura ou vício da sua insanidade mental. Não se sabe se Medonho teve filhos, é uma incógnita, pois perambulava por muitos lugares e acompanhado de mulheres.
A professora Diná Gomes Fernandes em seu livro Brumado – histórias e reminiscência de uma geração, lançado em 24 de julho de 2015, no auditório da Escola Municipal Professora Nice Publio da Silva Leite, fez o seguinte relato:
Medonho ou Medõe, apesar de sua pequena estatura causava grande medo nas crianças daquela época. Quando nervoso, se maltratava dando cocorote em sua própria cabeça ou batendo com a mesma, com toda força, na parede.
Não amedrontou só as crianças de Brumado. Perambulava por todas as cidades da região. Faleceu recentemente na casa dos Velhinhos em Brumado [Associação Luiza de Marillac].

As informações para a composição dessa biografia foram fornecidas pelo advogado Afrânio Cotrim Virgens (Aracatu);
Dados coletados na Associação Luiza de Marillac;
Jovino José da Silva (irmão de Medonho).
Brumado, em agosto de 2015.


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