HISTORIOGRAFIA
MONSENHOR ANTÔNIO DA SILVEIRA FAGUNDES
*21-05-1915†18-10-2009
Monsenhor Antônio da Silveira
Fagundes fixou residência em Brumado desde agosto de 1939 até o seu
falecimento, que aconteceu às 3h30min deste domingo, 18 de outubro 2009, aos 94
anos. Pároco local em exercício por 63 anos, o seu ensinamento evangélico
permanecerá nos corações dos fiéis católicos como o maior legado do
evangelizador, numa missão que lhe fora dada por Deus. Além do desempenho dessa
missão, reivindicou dos governos o suprimento de necessidades básicas para a
comunidade.
“ No
dia 18 de agosto de 1939, o Monsenhor Luiz Pinto Bastos, Vigário Geral do
Bispado de Caetité, com delegação do Reverendíssimo Bispo Diocesano, passou a
provisão de Vigário Encomendado da freguesia de Bom Jesus dos Meiras a favor do
Revmº. Padre Antônio da Silveira Fagundes, que tomou posse da freguesia que
estava anexada à paróquia de Nossa Senhora do Alívio de Ituassu (Ituaçu) desde
a morte do Revmº. Vigário Padre José Dias Ribeiro da Silva, ocorrido em 13 de
dezembro de 1937”. (Transcrito do Livro Tombo da Igreja Matriz de Brumado).
Tradicionalista, austero e
conservador, não admitia as modernidades da Igreja, como a Liturgia da Teologia
da Libertação, inspirada em Leonardo Boff. Sempre foi adepto do conservadorismo
da hierarquia da Igreja Católica.
Fazia
casamentos e batizados de maneira pragmática sem, contudo, dissociar-se dos
rituais católicos para os eventos. A pontualidade era uma das suas exigências,
era rigoroso nesse particular.
Devoto de Santo Antônio, santo da
sua veneração, e inspirado no sentimento religioso da liturgia católica,
dedicava-lhe culto. Com grande espírito de fé, a cidade comemora São Sebastião
e o padroeiro da cidade, Bom Jesus, que nomeia a Igreja Matriz local, nos dias
20 de janeiro e 06 de agosto, respectivamente, com a orientação religiosa do
monsenhor aos fiéis.
A residência do monsenhor, uma
construção de 1945, há muito tempo estava precisando de reforma e modernização.
Essa reforma foi concretizada, com a iniciativa do poder público municipal e a
contribuição do povo católico. Em 11/06/2009, no aniversário da cidade, a casa
reformada foi inaugurada e entregue ao Monsenhor, por quem foi recebida com
entusiasmo. Infelizmente, ali ele ficou por pouco tempo, mas nesse curto
período, desfrutou o conforto proporcionado.
Compareceram ao velório e
acompanharam o séquito, realizado às 15h do dia 19, uma multidão de católicos e
admiradores do Mons. Fagundes, além de padres das cidades vizinhas e de superiores
da Diocese de Caetité, à qual a Igreja de Brumado está subordinada
administrativamente.
A missa foi concelebrada por D.
Ricardo Guerrino Brusati, Dom Antônio Alberto Guimarães Rezende, Dom Homero
Leite Meira, Dom Armando e padres presentes. Pessoas fizeram uso da palavra e
elogiaram a sua conduta religiosa e de cidadão que deu exemplos de fé e
honradez. Em seguida, o cortejo seguiu até o Cemitério Municipal Senhor do
Bonfim, onde aconteceu o sepultamento, no mesmo lugar em que está enterrada a
sua genitora Ambrozina Fagundes (07/12/1885-11/03/1945).
Numa deferência especial, o
governo municipal decretou luto oficial de três dias pelo falecimento da figura
eclesiástica e emblemática do Mons. Fagundes. Uma justa homenagem, por ser ele
merecedor de todos os lauréis, pelo trabalho que desempenhou e pela sua ação à
frente da Igreja Católica local, por 63 anos, deixando a sua marca magnânima de
grande evangelizador e pessoa de profundo conteúdo humano.
Em 1962, recebeu, por honra e
mérito, o título de MONSENHOR, com a reverência de toda a comunidade
brumadense. Recebeu, também, da Câmara de Vereadores de Brumado, aprovado por
unanimidade, o título nº 02 de cidadão brumadense, em 09/11/1963 – quando era
presidente da Câmara o vereador Jesuíno Francisco Lisboa e secretário o
vereador Miguel Joaquim de Castro Mirante – por honra e méritos das obrigações
sacerdotais e da cidadania exercida.
Antônio da Silveira Fagundes
nasceu em 21 de maio de 1915, em São Felipe – BA e foi confirmado na fé cristã
pelo batismo realizado na Igreja São Tiago, na sua cidade natal. Foi seu
padrinho o Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos. Era filho de Amélio da
Silveira Fagundes e de Ambrozina Fagundes. Teve cinco irmãos, dois do primeiro
casal e três do segundo.
Estudou o primário em sua cidade
natal, fez o ginásio no Seminário de Santa Tereza, em Salvador e o curso
superior, no Instituto Teológico de Salvador, no Seminário Central. Em 1936,
transferiu-se para a cidade de Maceió – AL. Ordenou-se padre em 11 de dezembro
de 1938, aos 24 anos de idade, recebendo as ordens sacras menores em Aracaju – SE.
Ali também recebeu, das mãos de D. José Tomás Gomes da Silva, bispo daquela
cidade, as ordens maiores e o presbiterado. Em 18 de dezembro do mesmo ano,
rezou a primeira missa em sua terra Natal.
Em 1939, apresentou-se à Diocese
de Caetité, onde ficou por dois meses. Em seguida, foi enviado para Ituaçu como
coadjuvante do vigário Frei Pedro Tomás Margalho – Ordem dos Carmelitas. Em 18
de agosto do mesmo ano, assumiu a paróquia do Bom Jesus, em Brumado – Igreja
Matriz do Bom Jesus, fundada em 1861 (Livro da Diocese de Caetité). Consta no
livro de Lycurgo Santos Filho que Pinheiro Pinto contribuiu para a edificação
da Igreja do Bom Jesus, com assentamento no livro razão em 1815.
Naquele tempo, a cidade era
desprovida dos meios de civilidade, não tinha energia, bancos etc. Monsenhor
Fagundes atendia também os municípios de Tanhaçu, Sussuarana, Malhada de Pedras
e Aracatu. Visitava as diversas freguesias em lombo de animais, em precárias
situações de estradas para o deslocamento, até comprar um Ford 29. Levou a
todos conforto espiritual com palavra de fé e esperança em cumprimento da sua
missão.
Em seu apostolado, foi erigida a capela Nossa
Senhora de Fátima no Bairro São Felix, cuja construção teve início em 1956 e
término em 1957, tendo à frente Esther Trindade Serra e a cirurgiã dentista
Marísia Meira. Providenciou várias reformas na Igreja Matriz, melhorando o seu
aspecto, colocando piso e forro, enquanto dava continuidade ao seu trabalho
evangélico.
Em
1940, ocorreu a primeira reforma, com a urbanização da praça Capitão Francisco
de Souza Meira, quando houve o rebaixamento e a necessidade de se construírem
degraus de acesso.
Em 2000, a igreja passou por uma
reforma geral, com arrojada arquitetura, cujo projeto foi da autoria do
arquiteto Amaury Públio. Uma campanha datada de 1998, levantada pelo Padre
Osvaldino Alves Barbosa (Padre Dino), que comandou uma comissão encarregada dos
serviços, para essa reforma. A obra foi custeada com arrecadações por meio de
doações dos fiéis e participação de empresas. O Mons. Fagundes, admirador do
Padre Dino, só permitiu tal reforma, após muita relutância, mediante a promessa
de conservarem a parte arquitetônica da Igreja. Assim, ela foi transformada em
um monumento eclesiástico de muita beleza e modernidade, proporcionando
conforto a seus fiéis. A Igreja Matriz hoje orgulha a sua comunidade católica e
enche os olhos de todos que a visitam.
Além das atividades sacerdotais,
foram relevantes os serviços prestados pelo Monsenhor Antônio Fagundes à
comunidade, nas mais variadas áreas. Fez diversas reivindicações para a
melhoria da cidade, do seu progresso e desenvolvimento social, cultural e
econômico, com firmeza e determinação.
Em 19 de abril de 1945, ele
participou da inauguração do trecho da ferrovia Contendas a Brumado, quando fez
o discurso de recepção ao ministro de Viação e Obras Públicas e pregou, num
dormente, um pino (conhecido por dog), dando por inaugurado aquele trecho.
Em 1960, fundou, com outras
pessoas, o aeroclube e o hangar, considerado o primeiro aeroporto de Brumado.
Nessa época, recebeu do Ministério da Aeronáutica, em comodato, um avião
teco-teco para treinamento e formação de pilotos, sendo o senhor Humberto Mafra
o aluno de maior destaque e considerado o primeiro piloto de Brumado com brevê
tirado em São Paulo. O avião, por determinação do Ministério da Aeronáutica,
foi enviado para servir em Itabuna.
Foi um dos protagonistas da
Fundação Cultural de Brumado em 1954, que deu origem, em 1958, ao Ginásio
General Nelson de Mello, fundado com a coparticipação de abnegados da educação,
do qual ele foi vice-diretor e professor. Fundou, ainda, o Curso Normal
denominado Dr. Pompílio Leite, no qual ensinou Latim e Psicologia. Empenhado na
causa da educação, administrou as verbas para a construção do Ginásio
Industrial, inaugurado em março de 1967. Tais verbas foram conseguidas com o
empenho do deputado Oldack Neves, também fundador deste Ginásio, juntamente com
o Monsenhor Antônio Fagundes e outros colaboradores.
Batalhou por uma usina de
beneficiamento de algodão moderna, em substituição à antiga (federal) e uma
câmara de expurgo para seleção de sementes. Pleiteou a vinda de energia
hidráulica de Correntina e de uma fábrica de óleo de algodão.
Foi
fundador e presidente da Associação de Proteção à Infância e à Maternidade,
quando fundou o Posto de Puericultura. Enfim, Monsenhor Antônio da Silveira
Fagundes estava à frente de todas as iniciativas que visassem ao progresso e ao
bem-estar do povo brumadense.
Em uma de suas declarações, disse:
“Comecei o meu trabalho na paróquia
percorrendo todas as capelas e me apresentando para que eu viesse a cumprir com
a minha missão de levar a palavra de Jesus Cristo aos corações sofridos”.
Em entrevista concedida à Rádio
Nova Vida, o Monsenhor declarou: “Foram
quase 59 anos (na época) de paroquiato por essas regiões dos municípios de
Brumado, Aracatu e Malhada de Pedras. Foram longas caminhadas, muitas vezes,
valendo-me de animais, por estradas poeirentas, para levar a todos os
paroquianos a luz da fé e da palavra divina”.
Vale destacar outras realizações do
Monsenhor no exercício do seu paroquiato (dados transcritos do Livro Tombo da
Igreja Matriz de Brumado):
Celebrou missas, casamentos, batizados, comunhões,
festas da Igreja – com destaque para as do padroeiro Senhor Bom Jesus,
realizadas em 06 de agosto e as de São Sebastião realizadas em 20 de janeiro,
na Matriz –, comemorações do Mês Mariano no mês de maio e festividades nas
Capelas, ministrou aulas de catecismo aos domingos, na Matriz, realizou visitas
sacerdotais às Capelas da jurisdição da Matriz e respectivos festejos dos
padroeiros.
Promoveu, em 20 de agosto de 1939, o inventário das
alfaias, bens móveis pertencentes à Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus.
Em março de 1944, inaugurou o novo altar-mor da
Matriz. Nessa ocasião, foram ofertadas à Matriz as imagens de São Benedito, São
José, N. S. do Perpétuo Socorro e os estandartes de Santa Terezinha e Senhor
Bom Jesus e fez-se aquisição das imagens de Santo Antônio e São Sebastião, de
um par de anjos adoradores e dos estandartes do Coração de Jesus e de São
Sebastião, além de bancada para homens, remodelação externa da Matriz, forro na
nave principal e vidraças para a fachada.
Em 1945, fundição de dois sinos em Belo Horizonte
(Livro Tombo da Matriz de Brumado).
Em 1946, com a participação do Senhor Cícero Moreira
e do Departamento Nacional da Estrada de Ferro, concluiu a construção da Capela
de Umburanas, e a imagem do padroeiro, Senhor Bom Jesus, foi ofertada pelo
vigário da Matriz.
Em 1947, tem início a campanha em favor dos Mosaicos
para pavimentação da Matriz. No ano de 1948, em 15 de fevereiro, inaugurou a
escadaria da frente da Igreja Matriz.
Em julho de 1947, promoveu o melhoramento na Capela
Sant’Ana em Itaquaraí.
Em janeiro de 1950, ficaram concluídas as Capelas de
Malhada de Pedras e Suçuarana. A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
foi ofertada pela Sra. Maria Pia Cotrim Leite, a de Santa Luzia por Dona
Celsina dos Santos Azevedo, a de São José pela empresa Magnesita S.A. e a de
São Benedito pela senhora Delsuc Publio de Castro Torres.
Em 26 de agosto de 1951, ocorreu visita Pastoral de
Dom José, Bispo Diocesano de Caetité, à Freguesia de Brumado, com visitação às
freguesias de Itaquaraí, Aracatu, Malhada de Pedras, Suçuarana e Cristalândia,
além da freguesia de Minas de Rio de Contas.
Em 1952, erigiu novo altar na Capela de Itaquaraí,
onde abriga a padroeira Senhora Santana.
Em 1953, fez-se a limpeza externa da Igreja Matriz.
Em 1954, ocorreu a passagem por Brumado da Virgem
Peregrina, vinda de Vitória da Conquista com destino a Caetité.
Em 1955, colocou-se forro nos lados da Capela-Mor e
fez-se a pintura interna da Matriz, nesse ano foi concluída a obra da campanha
em favor dos mosaicos para pavimentação da Matriz, substituindo o piso de
tijolos, construção do altar de São João na Capela de São João, em Itaquaraí e
aquisição de uma imagem do Coração de Maria para a Capela de Santana na mesma
vila.
Em 20 de janeiro de 1956, em Brumado, na festa de
São Sebastião, o Padre Homero Leite Meira, ordenado sacerdote, filho de
Brumado, cantou a sua primeira missa na sua terra natal. A imagem de Nossa
Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, foi ofertada à Igreja Matriz por uma
fiel, cumprindo uma promessa que fizera. Nesse mesmo ano, foi fundada, em
Brumado, a Obra das Vocações Sacerdotais, iniciou-se a construção da Capela de
Fátima no bairro do São Felix, em honra a Nossa Senhora de Fátima e
adquiriram-se imagens da Semana Santa.
Em 1957, concluiu-se a construção da Capela de
Fátima no bairro do São Felix. Em janeiro desse ano, por meio de uma campanha
coordenada por Eunice Carvalho Matos para angariar recursos, adquiriram-se,
para a Igreja Matriz, as imagens, em tamanho natural, do Senhor Morto, Senhor
dos Passos e Nossa Senhora das Dores, além de terem sido ofertados à Matriz os
14 quadros da Via Sacra.
Em 1958, foi ofertado à Igreja um lustre de cristal
pela senhora Eunice de Carvalho Matos, celebrou-se a primeira missa na Capela
de Fátima no Bairro do São Félix e fundou-se a Associação Legião de Maria na
Matriz. Nesse ano, ocorreu a visita Pastoral do Bispo de Caetité, Dom José,
secretariado pelo Padre Homero Leite Meira, chanceler do Bispado, no período de
18 a 23 de julho de 1958.
Em 1961, no mês de março, efetuou-se a restauração
externa da Igreja Matriz.
Em 1963, ocorreu visita a Brumado do Bispo Diocesano
D. José Pedro Costa e, em 6 de agosto, inaugurou-se a remodelação do Corpo da
Igreja Matriz, com a pintura e novo forro. Nesse ano, os distritos de Aracatu e
Malhada de Pedra passaram a ser sede de município e constituíram, cada um,
paróquia independente até nova ordem. Ubiraçaba, Samambaia e Cristalândia
passaram a integrar a paróquia de Brumado.
Em 1964, no dia 3 de outubro, fundou-se, na paróquia
de Brumado, a Associação Luiza de Marillac com missa solene, ficando a
diretoria assim constituída: professora Glória Spínola – presidente; professora
Celeste Maria Trindade – tesoureira; Marísia Eny Viana Dantas – vice-presidente
–, além de 30 moças voluntárias que cuidariam de velhinhos da cidade.
Em 13 de maio de 1966, inauguraram-se dois altares
laterais de cimento armado, na Matriz, em substituição aos antigos de Nossa
Senhora e o de São Sebastião, com doações de fiéis.
Em 20 de dezembro de 1965, realizou-se, em Brumado,
com a presença do Bispo Diocesano de Caetité, o Encontro Legionário, momento em
que ocorreram atos religiosos na Matriz e no Cine Fátima, além de apresentações
no Ginásio Industrial. Prestigiaram o encontro várias delegações e sacerdotes
que foram hospedados por famílias brumadenses, sendo o encontro seguinte
marcado para ser realizado em Macaúbas.
Em 1968, ocorreu Visita Pastoral pelo Bispo
Diocesano às paróquias de Brumado e Aracatu, em seguida ao distrito de
Itaquaraí, onde realizou crismas.
Em 1971, em 20 de janeiro, ocasião da festa de São
Sebastião, o Bispo Diocesano Dom Silvério Albuquerque visitou a paróquia de
Brumado, administrando o sacramento da confirmação de 100 adultos devidamente preparados.
Em 1974, visitou a paróquia de Brumado o Revmº. D.
Eliseu Maria Gomes de Oliveira acompanhado do Revmº. Padre Aldo, Coordenador da
Pastoral da Diocese. Realizaram-se as Campanhas da Bíblia com a venda de 80
exemplares e dos Cobertores com a participação de novenários do mês de maio. Na
ocasião, foram comprados 70 cobertores e distribuídos aos pobres.
Em outubro de 1975, foi realizada a pintura de
quatro altares da Matriz e a pintura geral da Capela de Santana de Itaquaraí.
Em 23 de março de 1984, iniciou-se da construção do
Salão Paroquial em terreno doado por Augusta dos Santos Lima, na Rua Teodoro
Sampaio, nº 50.
Em fevereiro de 1985, chegaram a Brumado as três
irmãs do SS. Sacramento: Irmã Eli N. Reis, Irmã Lúcia Mukai e Irmã Sagrada
Família que vieram ajudar nos trabalhos pastorais das paróquias, além do
Coordenador da Paróquia de Brumado, Padre Odilon Barbosa da Congregação dos
Estigmatinos.
Em 1986, concluiu-se a construção do Salão
Paroquial.
Em setembro de 1982, iniciou-se a construção da Casa
Paroquial.
Em 02 de dezembro de 1984, foi funda a Escola
Paroquial Divino Mestre.
Em 1986, ficou concluído o salão anexo à capela de
S. Cristóvão, no Bairro Novo Brumado e a Casa Paroquial que serviu de
residência às Religiosas do SS. Sacramento.
Em 1987, D. Homero Leite Meira, em visita à sua
terra natal, realizou o 1º Encontro de Casais da Paróquia de Brumado.
Em 18 de dezembro de 1989, realizou-se, na Igreja
Matriz, solene concelebração presidida pelo Bispo D. Antônio Alberto Guimarães
Rezende e vários sacerdotes em homenagem ao jubileu de ouro do Padre Antônio
Fagundes. Após a Missa solene, houve, no salão paroquial, apresentação de um
auto teatral da autoria de Ezequias Araújo Lima, o qual fazia menção à vida e à
ação do homenageado pelos seus 50 anos de pastoreio em Brumado. Na
oportunidade, recebeu o carinho e o reconhecimento dos fiéis pelo trabalho
profícuo, religioso, cultural e político.
Em 08 de dezembro de 1990, foi celebrada uma missa
solene em ação de graças pela restauração da Igreja Matriz – porém
conservando-se o seu estilo arquitetônico –, com a presença do então governador
de Minas Gerais, Sr. Newton Cardoso, que arcou com todas as despesas da obra, e
em comemoração do aniversário dos 80 anos de Dona Adélia da Silva Cardoso, mãe
do Sr. Newton Cardoso (Livro Tombo da Igreja Matriz de Brumado).
Em 22 de maio de 1992, foi inaugurada a Capela de
Santa Rita no loteamento Abias Azevedo. O terreno foi ofertado pela professora
Ítala Azevedo.
Em março de 1993, foram inauguradas as Capelas de
São José no bairro Olhos D’Água e no local chamado Beira-Rio, perto da Vila
Pres. Vargas. Em 19 de março desse mesmo ano, na Igreja Matriz, D. Homero Leite
Meira, autorizado pelo Bispo Diocesano, deu posse a oito ministros da
Eucaristia devidamente preparados para exercerem a função.
Em dezembro de 1994, inaugurou-se a Capela Santa
Luzia.
Durante o ano de 1995, permaneceram, em Brumado, os
diáconos Osvaldino e Cleonídio ajudando nos trabalhos da paróquia.
Em 1º de junho de 1997, foi inaugurada a Secretaria
Paroquial, edificada no fundo da Igreja Matriz. Os diáconos Osvaldino Alves
Barbosa e Cleonídio Alves da Silva, ordenados em novembro e dezembro de 1986,
ficaram como coadjuvantes das Paróquias de Brumado e Malhada de Pedras.
No dia 11 de agosto de 2001, teve lugar, em Brumado,
a ordenação presbiteral de Padre Alex Adriano Rocha Barbosa, que celebrou a sua
primeira missa na Igreja Matriz de Brumado, em 12 de agosto de 2001. Em 13 de
outubro do mesmo ano, foi inaugurada a Matriz de Brumado que passara por uma
ampla reforma.
Em 09 de janeiro de 2002, foi nomeado para vigário
da Paróquia de Brumado o Padre José Silva Figueredo.
O Poder Público Municipal nomeou o Grupo Escolar
Monsenhor Antonio Fagundes situado na Rua Osvaldo Cruz, centro, Brumado/BA.
Em respeito e consideração, presto
ao Monsenhor Antônio da Silveira Fagundes sincera homenagem pelos anos
dedicados à evangelização do rebanho católico – sem se imiscuir em outras
seitas, por respeito ao livre arbítrio do cidadão –, pelo seu incansável
trabalho na busca do progresso, pela dedicação à cultura e ao ensino, por tudo
isso, é merecedor desses lauréis. Mestre insigne, tenho a honra de ter sido um
de seus discípulos no Ginásio General Nelson de Mello, que ele ajudou a fundar,
concretizando o sonho da juventude e da comunidade brumadense daquela época.
Monsenhor Antônio da Silva
Fagundes, sua trajetória de vida e de sapiência não foi em vão. A sua
idiossincrasia deixou a sua marca indelével de homem, de cristão e de cidadão
que cumpriu, com competência e obstinação, o encargo que lhe fora confiado. “A morte não é para ser temida, é um
fenômeno natural da vida e está nas mãos de Deus. É na ressurreição que se
encontrará a verdade. Onde o Senhor quiser que eu esteja, aí vou estar” (Mons.
Fagundes).
CURIOSIDADE:
O padre Fagundes celebrava missa diariamente na Igreja Matriz do Bom Jesus,
pela manhã, e o fazia sempre em jejum, no seu retorno era acompanhado por uma
fiel que o fazia companhia no seu desjejum, ocorre que nunca foi convidada, a
iniciativa partiu dela, que era assídua assídua às missas.
Antonio Novais Torres
antorres@terra.com.br
Brumado,
em 20/10/2009.
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