segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

MONSENHOR ANTONIO DA SILVEIRA FAGUNDES

HISTORIOGRAFIA
MONSENHOR ANTÔNIO DA SILVEIRA FAGUNDES
*21-05-1915†18-10-2009

            Monsenhor Antônio da Silveira Fagundes fixou residência em Brumado desde agosto de 1939 até o seu falecimento, que aconteceu às 3h30min deste domingo, 18 de outubro 2009, aos 94 anos. Pároco local em exercício por 63 anos, o seu ensinamento evangélico permanecerá nos corações dos fiéis católicos como o maior legado do evangelizador, numa missão que lhe fora dada por Deus. Além do desempenho dessa missão, reivindicou dos governos o suprimento de necessidades básicas para a comunidade.
          “ No dia 18 de agosto de 1939, o Monsenhor Luiz Pinto Bastos, Vigário Geral do Bispado de Caetité, com delegação do Reverendíssimo Bispo Diocesano, passou a provisão de Vigário Encomendado da freguesia de Bom Jesus dos Meiras a favor do Revmº. Padre Antônio da Silveira Fagundes, que tomou posse da freguesia que estava anexada à paróquia de Nossa Senhora do Alívio de Ituassu (Ituaçu) desde a morte do Revmº. Vigário Padre José Dias Ribeiro da Silva, ocorrido em 13 de dezembro de 1937”. (Transcrito do Livro Tombo da Igreja Matriz de Brumado).
             Tradicionalista, austero e conservador, não admitia as modernidades da Igreja, como a Liturgia da Teologia da Libertação, inspirada em Leonardo Boff. Sempre foi adepto do conservadorismo da hierarquia da Igreja Católica.
            Fazia casamentos e batizados de maneira pragmática sem, contudo, dissociar-se dos rituais católicos para os eventos. A pontualidade era uma das suas exigências, era rigoroso nesse particular.
             Devoto de Santo Antônio, santo da sua veneração, e inspirado no sentimento religioso da liturgia católica, dedicava-lhe culto. Com grande espírito de fé, a cidade comemora São Sebastião e o padroeiro da cidade, Bom Jesus, que nomeia a Igreja Matriz local, nos dias 20 de janeiro e 06 de agosto, respectivamente, com a orientação religiosa do monsenhor aos fiéis.
            A residência do monsenhor, uma construção de 1945, há muito tempo estava precisando de reforma e modernização. Essa reforma foi concretizada, com a iniciativa do poder público municipal e a contribuição do povo católico. Em 11/06/2009, no aniversário da cidade, a casa reformada foi inaugurada e entregue ao Monsenhor, por quem foi recebida com entusiasmo. Infelizmente, ali ele ficou por pouco tempo, mas nesse curto período, desfrutou o conforto proporcionado.
             Compareceram ao velório e acompanharam o séquito, realizado às 15h do dia 19, uma multidão de católicos e admiradores do Mons. Fagundes, além de padres das cidades vizinhas e de superiores da Diocese de Caetité, à qual a Igreja de Brumado está subordinada administrativamente.
             A missa foi concelebrada por D. Ricardo Guerrino Brusati, Dom Antônio Alberto Guimarães Rezende, Dom Homero Leite Meira, Dom Armando e padres presentes. Pessoas fizeram uso da palavra e elogiaram a sua conduta religiosa e de cidadão que deu exemplos de fé e honradez. Em seguida, o cortejo seguiu até o Cemitério Municipal Senhor do Bonfim, onde aconteceu o sepultamento, no mesmo lugar em que está enterrada a sua genitora Ambrozina Fagundes (07/12/1885-11/03/1945).
             Numa deferência especial, o governo municipal decretou luto oficial de três dias pelo falecimento da figura eclesiástica e emblemática do Mons. Fagundes. Uma justa homenagem, por ser ele merecedor de todos os lauréis, pelo trabalho que desempenhou e pela sua ação à frente da Igreja Católica local, por 63 anos, deixando a sua marca magnânima de grande evangelizador e pessoa de profundo conteúdo humano.
             Em 1962, recebeu, por honra e mérito, o título de MONSENHOR, com a reverência de toda a comunidade brumadense. Recebeu, também, da Câmara de Vereadores de Brumado, aprovado por unanimidade, o título nº 02 de cidadão brumadense, em 09/11/1963 – quando era presidente da Câmara o vereador Jesuíno Francisco Lisboa e secretário o vereador Miguel Joaquim de Castro Mirante – por honra e méritos das obrigações sacerdotais e da cidadania exercida.
             Antônio da Silveira Fagundes nasceu em 21 de maio de 1915, em São Felipe – BA e foi confirmado na fé cristã pelo batismo realizado na Igreja São Tiago, na sua cidade natal. Foi seu padrinho o Cônego José Lourenço Barbosa dos Santos. Era filho de Amélio da Silveira Fagundes e de Ambrozina Fagundes. Teve cinco irmãos, dois do primeiro casal e três do segundo.
             Estudou o primário em sua cidade natal, fez o ginásio no Seminário de Santa Tereza, em Salvador e o curso superior, no Instituto Teológico de Salvador, no Seminário Central. Em 1936, transferiu-se para a cidade de Maceió – AL. Ordenou-se padre em 11 de dezembro de 1938, aos 24 anos de idade, recebendo as ordens sacras menores em Aracaju – SE. Ali também recebeu, das mãos de D. José Tomás Gomes da Silva, bispo daquela cidade, as ordens maiores e o presbiterado. Em 18 de dezembro do mesmo ano, rezou a primeira missa em sua terra Natal.
             Em 1939, apresentou-se à Diocese de Caetité, onde ficou por dois meses. Em seguida, foi enviado para Ituaçu como coadjuvante do vigário Frei Pedro Tomás Margalho – Ordem dos Carmelitas. Em 18 de agosto do mesmo ano, assumiu a paróquia do Bom Jesus, em Brumado – Igreja Matriz do Bom Jesus, fundada em 1861 (Livro da Diocese de Caetité). Consta no livro de Lycurgo Santos Filho que Pinheiro Pinto contribuiu para a edificação da Igreja do Bom Jesus, com assentamento no livro razão em 1815.
             Naquele tempo, a cidade era desprovida dos meios de civilidade, não tinha energia, bancos etc. Monsenhor Fagundes atendia também os municípios de Tanhaçu, Sussuarana, Malhada de Pedras e Aracatu. Visitava as diversas freguesias em lombo de animais, em precárias situações de estradas para o deslocamento, até comprar um Ford 29. Levou a todos conforto espiritual com palavra de fé e esperança em cumprimento da sua missão.

            Em seu apostolado, foi erigida a capela Nossa Senhora de Fátima no Bairro São Felix, cuja construção teve início em 1956 e término em 1957, tendo à frente Esther Trindade Serra e a cirurgiã dentista Marísia Meira. Providenciou várias reformas na Igreja Matriz, melhorando o seu aspecto, colocando piso e forro, enquanto dava continuidade ao seu trabalho evangélico.
       Em 1940, ocorreu a primeira reforma, com a urbanização da praça Capitão Francisco de Souza Meira, quando houve o rebaixamento e a necessidade de se construírem degraus de acesso.
             Em 2000, a igreja passou por uma reforma geral, com arrojada arquitetura, cujo projeto foi da autoria do arquiteto Amaury Públio. Uma campanha datada de 1998, levantada pelo Padre Osvaldino Alves Barbosa (Padre Dino), que comandou uma comissão encarregada dos serviços, para essa reforma. A obra foi custeada com arrecadações por meio de doações dos fiéis e participação de empresas. O Mons. Fagundes, admirador do Padre Dino, só permitiu tal reforma, após muita relutância, mediante a promessa de conservarem a parte arquitetônica da Igreja. Assim, ela foi transformada em um monumento eclesiástico de muita beleza e modernidade, proporcionando conforto a seus fiéis. A Igreja Matriz hoje orgulha a sua comunidade católica e enche os olhos de todos que a visitam.
             Além das atividades sacerdotais, foram relevantes os serviços prestados pelo Monsenhor Antônio Fagundes à comunidade, nas mais variadas áreas. Fez diversas reivindicações para a melhoria da cidade, do seu progresso e desenvolvimento social, cultural e econômico, com firmeza e determinação.
             Em 19 de abril de 1945, ele participou da inauguração do trecho da ferrovia Contendas a Brumado, quando fez o discurso de recepção ao ministro de Viação e Obras Públicas e pregou, num dormente, um pino (conhecido por dog), dando por inaugurado aquele trecho.
             Em 1960, fundou, com outras pessoas, o aeroclube e o hangar, considerado o primeiro aeroporto de Brumado. Nessa época, recebeu do Ministério da Aeronáutica, em comodato, um avião teco-teco para treinamento e formação de pilotos, sendo o senhor Humberto Mafra o aluno de maior destaque e considerado o primeiro piloto de Brumado com brevê tirado em São Paulo. O avião, por determinação do Ministério da Aeronáutica, foi enviado para servir em Itabuna.
             Foi um dos protagonistas da Fundação Cultural de Brumado em 1954, que deu origem, em 1958, ao Ginásio General Nelson de Mello, fundado com a coparticipação de abnegados da educação, do qual ele foi vice-diretor e professor. Fundou, ainda, o Curso Normal denominado Dr. Pompílio Leite, no qual ensinou Latim e Psicologia. Empenhado na causa da educação, administrou as verbas para a construção do Ginásio Industrial, inaugurado em março de 1967. Tais verbas foram conseguidas com o empenho do deputado Oldack Neves, também fundador deste Ginásio, juntamente com o Monsenhor Antônio Fagundes e outros colaboradores.
            Batalhou por uma usina de beneficiamento de algodão moderna, em substituição à antiga (federal) e uma câmara de expurgo para seleção de sementes. Pleiteou a vinda de energia hidráulica de Correntina e de uma fábrica de óleo de algodão.
            Foi fundador e presidente da Associação de Proteção à Infância e à Maternidade, quando fundou o Posto de Puericultura. Enfim, Monsenhor Antônio da Silveira Fagundes estava à frente de todas as iniciativas que visassem ao progresso e ao bem-estar do povo brumadense.
             Em uma de suas declarações, disse: “Comecei o meu trabalho na paróquia percorrendo todas as capelas e me apresentando para que eu viesse a cumprir com a minha missão de levar a palavra de Jesus Cristo aos corações sofridos”.
             Em entrevista concedida à Rádio Nova Vida, o Monsenhor declarou: “Foram quase 59 anos (na época) de paroquiato por essas regiões dos municípios de Brumado, Aracatu e Malhada de Pedras. Foram longas caminhadas, muitas vezes, valendo-me de animais, por estradas poeirentas, para levar a todos os paroquianos a luz da fé e da palavra divina”.
            Vale destacar outras realizações do Monsenhor no exercício do seu paroquiato (dados transcritos do Livro Tombo da Igreja Matriz de Brumado):
Celebrou missas, casamentos, batizados, comunhões, festas da Igreja – com destaque para as do padroeiro Senhor Bom Jesus, realizadas em 06 de agosto e as de São Sebastião realizadas em 20 de janeiro, na Matriz –, comemorações do Mês Mariano no mês de maio e festividades nas Capelas, ministrou aulas de catecismo aos domingos, na Matriz, realizou visitas sacerdotais às Capelas da jurisdição da Matriz e respectivos festejos dos padroeiros.
Promoveu, em 20 de agosto de 1939, o inventário das alfaias, bens móveis pertencentes à Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus.
Em março de 1944, inaugurou o novo altar-mor da Matriz. Nessa ocasião, foram ofertadas à Matriz as imagens de São Benedito, São José, N. S. do Perpétuo Socorro e os estandartes de Santa Terezinha e Senhor Bom Jesus e fez-se aquisição das imagens de Santo Antônio e São Sebastião, de um par de anjos adoradores e dos estandartes do Coração de Jesus e de São Sebastião, além de bancada para homens, remodelação externa da Matriz, forro na nave principal e vidraças para a fachada.
Em 1945, fundição de dois sinos em Belo Horizonte (Livro Tombo da Matriz de Brumado).
Em 1946, com a participação do Senhor Cícero Moreira e do Departamento Nacional da Estrada de Ferro, concluiu a construção da Capela de Umburanas, e a imagem do padroeiro, Senhor Bom Jesus, foi ofertada pelo vigário da Matriz.
Em 1947, tem início a campanha em favor dos Mosaicos para pavimentação da Matriz. No ano de 1948, em 15 de fevereiro, inaugurou a escadaria da frente da Igreja Matriz.
Em julho de 1947, promoveu o melhoramento na Capela Sant’Ana em Itaquaraí.
Em janeiro de 1950, ficaram concluídas as Capelas de Malhada de Pedras e Suçuarana. A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi ofertada pela Sra. Maria Pia Cotrim Leite, a de Santa Luzia por Dona Celsina dos Santos Azevedo, a de São José pela empresa Magnesita S.A. e a de São Benedito pela senhora Delsuc Publio de Castro Torres.
Em 26 de agosto de 1951, ocorreu visita Pastoral de Dom José, Bispo Diocesano de Caetité, à Freguesia de Brumado, com visitação às freguesias de Itaquaraí, Aracatu, Malhada de Pedras, Suçuarana e Cristalândia, além da freguesia de Minas de Rio de Contas.
Em 1952, erigiu novo altar na Capela de Itaquaraí, onde abriga a padroeira Senhora Santana.
Em 1953, fez-se a limpeza externa da Igreja Matriz.
Em 1954, ocorreu a passagem por Brumado da Virgem Peregrina, vinda de Vitória da Conquista com destino a Caetité.
Em 1955, colocou-se forro nos lados da Capela-Mor e fez-se a pintura interna da Matriz, nesse ano foi concluída a obra da campanha em favor dos mosaicos para pavimentação da Matriz, substituindo o piso de tijolos, construção do altar de São João na Capela de São João, em Itaquaraí e aquisição de uma imagem do Coração de Maria para a Capela de Santana na mesma vila.
Em 20 de janeiro de 1956, em Brumado, na festa de São Sebastião, o Padre Homero Leite Meira, ordenado sacerdote, filho de Brumado, cantou a sua primeira missa na sua terra natal. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, foi ofertada à Igreja Matriz por uma fiel, cumprindo uma promessa que fizera. Nesse mesmo ano, foi fundada, em Brumado, a Obra das Vocações Sacerdotais, iniciou-se a construção da Capela de Fátima no bairro do São Felix, em honra a Nossa Senhora de Fátima e adquiriram-se imagens da Semana Santa.
Em 1957, concluiu-se a construção da Capela de Fátima no bairro do São Felix. Em janeiro desse ano, por meio de uma campanha coordenada por Eunice Carvalho Matos para angariar recursos, adquiriram-se, para a Igreja Matriz, as imagens, em tamanho natural, do Senhor Morto, Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, além de terem sido ofertados à Matriz os 14 quadros da Via Sacra.
Em 1958, foi ofertado à Igreja um lustre de cristal pela senhora Eunice de Carvalho Matos, celebrou-se a primeira missa na Capela de Fátima no Bairro do São Félix e fundou-se a Associação Legião de Maria na Matriz. Nesse ano, ocorreu a visita Pastoral do Bispo de Caetité, Dom José, secretariado pelo Padre Homero Leite Meira, chanceler do Bispado, no período de 18 a 23 de julho de 1958.
Em 1961, no mês de março, efetuou-se a restauração externa da Igreja Matriz.
Em 1963, ocorreu visita a Brumado do Bispo Diocesano D. José Pedro Costa e, em 6 de agosto, inaugurou-se a remodelação do Corpo da Igreja Matriz, com a pintura e novo forro. Nesse ano, os distritos de Aracatu e Malhada de Pedra passaram a ser sede de município e constituíram, cada um, paróquia independente até nova ordem. Ubiraçaba, Samambaia e Cristalândia passaram a integrar a paróquia de Brumado.
Em 1964, no dia 3 de outubro, fundou-se, na paróquia de Brumado, a Associação Luiza de Marillac com missa solene, ficando a diretoria assim constituída: professora Glória Spínola – presidente; professora Celeste Maria Trindade – tesoureira; Marísia Eny Viana Dantas – vice-presidente –, além de 30 moças voluntárias que cuidariam de velhinhos da cidade.
Em 13 de maio de 1966, inauguraram-se dois altares laterais de cimento armado, na Matriz, em substituição aos antigos de Nossa Senhora e o de São Sebastião, com doações de fiéis.
Em 20 de dezembro de 1965, realizou-se, em Brumado, com a presença do Bispo Diocesano de Caetité, o Encontro Legionário, momento em que ocorreram atos religiosos na Matriz e no Cine Fátima, além de apresentações no Ginásio Industrial. Prestigiaram o encontro várias delegações e sacerdotes que foram hospedados por famílias brumadenses, sendo o encontro seguinte marcado para ser realizado em Macaúbas.
Em 1968, ocorreu Visita Pastoral pelo Bispo Diocesano às paróquias de Brumado e Aracatu, em seguida ao distrito de Itaquaraí, onde realizou crismas.
Em 1971, em 20 de janeiro, ocasião da festa de São Sebastião, o Bispo Diocesano Dom Silvério Albuquerque visitou a paróquia de Brumado, administrando o sacramento da confirmação de 100 adultos devidamente preparados.
Em 1974, visitou a paróquia de Brumado o Revmº. D. Eliseu Maria Gomes de Oliveira acompanhado do Revmº. Padre Aldo, Coordenador da Pastoral da Diocese. Realizaram-se as Campanhas da Bíblia com a venda de 80 exemplares e dos Cobertores com a participação de novenários do mês de maio. Na ocasião, foram comprados 70 cobertores e distribuídos aos pobres.
Em outubro de 1975, foi realizada a pintura de quatro altares da Matriz e a pintura geral da Capela de Santana de Itaquaraí.
Em 23 de março de 1984, iniciou-se da construção do Salão Paroquial em terreno doado por Augusta dos Santos Lima, na Rua Teodoro Sampaio, nº 50.
Em fevereiro de 1985, chegaram a Brumado as três irmãs do SS. Sacramento: Irmã Eli N. Reis, Irmã Lúcia Mukai e Irmã Sagrada Família que vieram ajudar nos trabalhos pastorais das paróquias, além do Coordenador da Paróquia de Brumado, Padre Odilon Barbosa da Congregação dos Estigmatinos.
Em 1986, concluiu-se a construção do Salão Paroquial.
Em setembro de 1982, iniciou-se a construção da Casa Paroquial.
Em 02 de dezembro de 1984, foi funda a Escola Paroquial Divino Mestre.
Em 1986, ficou concluído o salão anexo à capela de S. Cristóvão, no Bairro Novo Brumado e a Casa Paroquial que serviu de residência às Religiosas do SS. Sacramento.
Em 1987, D. Homero Leite Meira, em visita à sua terra natal, realizou o 1º Encontro de Casais da Paróquia de Brumado.
Em 18 de dezembro de 1989, realizou-se, na Igreja Matriz, solene concelebração presidida pelo Bispo D. Antônio Alberto Guimarães Rezende e vários sacerdotes em homenagem ao jubileu de ouro do Padre Antônio Fagundes. Após a Missa solene, houve, no salão paroquial, apresentação de um auto teatral da autoria de Ezequias Araújo Lima, o qual fazia menção à vida e à ação do homenageado pelos seus 50 anos de pastoreio em Brumado. Na oportunidade, recebeu o carinho e o reconhecimento dos fiéis pelo trabalho profícuo, religioso, cultural e político.
Em 08 de dezembro de 1990, foi celebrada uma missa solene em ação de graças pela restauração da Igreja Matriz – porém conservando-se o seu estilo arquitetônico –, com a presença do então governador de Minas Gerais, Sr. Newton Cardoso, que arcou com todas as despesas da obra, e em comemoração do aniversário dos 80 anos de Dona Adélia da Silva Cardoso, mãe do Sr. Newton Cardoso (Livro Tombo da Igreja Matriz de Brumado).
Em 22 de maio de 1992, foi inaugurada a Capela de Santa Rita no loteamento Abias Azevedo. O terreno foi ofertado pela professora Ítala Azevedo.
Em março de 1993, foram inauguradas as Capelas de São José no bairro Olhos D’Água e no local chamado Beira-Rio, perto da Vila Pres. Vargas. Em 19 de março desse mesmo ano, na Igreja Matriz, D. Homero Leite Meira, autorizado pelo Bispo Diocesano, deu posse a oito ministros da Eucaristia devidamente preparados para exercerem a função.
Em dezembro de 1994, inaugurou-se a Capela Santa Luzia.
Durante o ano de 1995, permaneceram, em Brumado, os diáconos Osvaldino e Cleonídio ajudando nos trabalhos da paróquia. 
Em 1º de junho de 1997, foi inaugurada a Secretaria Paroquial, edificada no fundo da Igreja Matriz. Os diáconos Osvaldino Alves Barbosa e Cleonídio Alves da Silva, ordenados em novembro e dezembro de 1986, ficaram como coadjuvantes das Paróquias de Brumado e Malhada de Pedras.
No dia 11 de agosto de 2001, teve lugar, em Brumado, a ordenação presbiteral de Padre Alex Adriano Rocha Barbosa, que celebrou a sua primeira missa na Igreja Matriz de Brumado, em 12 de agosto de 2001. Em 13 de outubro do mesmo ano, foi inaugurada a Matriz de Brumado que passara por uma ampla reforma.
Em 09 de janeiro de 2002, foi nomeado para vigário da Paróquia de Brumado o Padre José Silva Figueredo.
O Poder Público Municipal nomeou o Grupo Escolar Monsenhor Antonio Fagundes situado na Rua Osvaldo Cruz, centro, Brumado/BA.
             Em respeito e consideração, presto ao Monsenhor Antônio da Silveira Fagundes sincera homenagem pelos anos dedicados à evangelização do rebanho católico – sem se imiscuir em outras seitas, por respeito ao livre arbítrio do cidadão –, pelo seu incansável trabalho na busca do progresso, pela dedicação à cultura e ao ensino, por tudo isso, é merecedor desses lauréis. Mestre insigne, tenho a honra de ter sido um de seus discípulos no Ginásio General Nelson de Mello, que ele ajudou a fundar, concretizando o sonho da juventude e da comunidade brumadense daquela época.
              Monsenhor Antônio da Silva Fagundes, sua trajetória de vida e de sapiência não foi em vão. A sua idiossincrasia deixou a sua marca indelével de homem, de cristão e de cidadão que cumpriu, com competência e obstinação, o encargo que lhe fora confiado. “A morte não é para ser temida, é um fenômeno natural da vida e está nas mãos de Deus. É na ressurreição que se encontrará a verdade. Onde o Senhor quiser que eu esteja, aí vou estar” (Mons. Fagundes).
CURIOSIDADE: O padre Fagundes celebrava missa diariamente na Igreja Matriz do Bom Jesus, pela manhã, e o fazia sempre em jejum, no seu retorno era acompanhado por uma fiel que o fazia companhia no seu desjejum, ocorre que nunca foi convidada, a iniciativa partiu dela, que era assídua assídua às missas.

 Antonio Novais Torres
antorres@terra.com.br
Brumado, em 20/10/2009. 



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