ALTINO
JOSÉ DA SILVA NETO
MEDONHO
*dd/mm/1926†12/02/2010
Altino José da Silva
Neto, vulgo Medonho, natural de Aracatu, nasceu na Fazenda Lagoa da Onça, em
1926, hoje, Maetinga. Na época a Lagoa da Onça pertencia a Condeúba, conforme
declaração de seu irmão Jovino José da Silva, porém não soube informar o dia e
o mês do nascimento. Era filho de José Altino da Silva e de Anna Maria de Jesus
(analfabetos). Foi batizado pelo Padre Valdemar Moreira da Cunha, pároco de
Condeúba, sendo seus padrinhos os avós paternos Altino José da Silva e Avelina (NOME
COMPLETO?).
Filhos de José Altino
da Silva e Anna Maria de Jesus: Altino (Medonho), Jesuína, Dalírio, Jovino,
Israel, Rosalvo (Maduro) e Salviano (Tico).
Faleceu em Brumado no dia 12 de fevereiro de
20l0, com 84 anos de idade, na Associação Luíza de Marillac, Casa do Ancião,
onde estava internado desde 03 de fevereiro de 2002 pela cunhada Janildes Gomes
da Silva. O óbito foi atestado pelo médico Dr. Germano Spínola Costa e o
declarante para o registro em cartório foi o senhor Valfrido Figueiredo
Carvalho. O corpo foi sepultado em Aracatu.
Originário de família rurícola
pobre e analfabetos, Medonho nasceu com problemas graves de saúde mental, os
pais achavam que não vingaria, contudo sobreviveu às adversidades. Aos oito
anos de idade apresentou problemas de comportamentos, deixava a casa dos pais,
sem nenhuma explicação, e saia para a casa dos avós maternos Manoel José e
Juliana NOME COMPLETO, residentes na mesma região, onde passava dias – essa
atitude era muito arriscada para uma criança de oito anos, situação que preocupava
os pais.
Da Lagoa da Onça os
pais de Medonho mudaram-se para a Fazenda Boa Vista, região de Montes Claros,
município de Jânio Quadros; de Boa Vista para a Fazenda Belmonte, no mesmo município,
e daí para a Fazenda Patos, região do Serro, município de Aracatu, ainda
pertencente a Brumado. Mudaram-se para diversas outras propriedades: Fazenda
Lagoa D’água, Fazenda Morro e finalmente para a sede do município de Aracatu
onde faleceram e estão sepultados.
Depois de residirem em
Aracatu, medonho, uma pessoa de baixa estatura, com problemas mentais, saiu
desnorteado mundo afora, ia a todos os lugares e Estados, pedindo esmolas,
vivia ao léu, ao deus-dará. Na sua loucura tinha como característica bater com
a cabeça nas paredes, carrocerias de caminhão e solicitava um trocado pelo seu
ato ou quando nervoso dava cascudo em si próprio. Costumava andar acompanhado
de um cão que lhe servia de companhia.
Sempre retornava para
Aracatu, tudo indica para ver os parentes e nessas vindas fazia-se acompanhar
de uma mulher, sempre com uma companheira diferente; as mais conhecidas eram: Edite,
Carmelita e o amor de sua vida de nome Maria que tinha a alcunha de ‘Maria de
Medonho’. Era um mulherengo audacioso. Mentalmente desequilibrado se masturbava
portando uma revista de mulheres nuas. Era um concupiscente sexual, compostura
ou vício da sua insanidade mental. Não se sabe se Medonho teve filhos, é uma
incógnita, pois perambulava por muitos lugares e acompanhado de mulheres.
A professora Diná Gomes
Fernandes em seu livro Brumado – histórias e reminiscência de uma geração,
lançado em 24 de julho de 2015, no auditório da Escola Municipal Professora
Nice Publio da Silva Leite, fez o seguinte relato:
Medonho ou Medõe,
apesar de sua pequena estatura causava grande medo nas crianças daquela época.
Quando nervoso, se maltratava dando cocorote em sua própria cabeça ou batendo com
a mesma, com toda força, na parede.
Não amedrontou só as
crianças de Brumado. Perambulava por todas as cidades da região. Faleceu
recentemente na casa dos Velhinhos em Brumado [Associação Luiza de Marillac].
As informações para a
composição dessa biografia foram fornecidas pelo advogado Afrânio Cotrim
Virgens (Aracatu);
Dados coletados na
Associação Luiza de Marillac;
Jovino José da Silva
(irmão de Medonho).
Brumado, em agosto de
2015.
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